Reportagem – Douglas Bezerra
No início da noite de domingo (8), uma equipe da Polícia Militar realizou a prisão de um homem, no bairro Jardim Cambuci, em Presidente Prudente (SP), após o mesmo ser flagrado tentando descartar uma arma de fogo durante patrulhamento ostensivo.
Os policiais militares realizavam rondas na região em virtude de um homicídio ocorrido dois dias antes, em 06 de junho, quando perceberam a atitude suspeita de um homem que, ao notar a viatura, acelerou o passo bruscamente e tentou atravessar a rua.
Durante a fuga, o suspeito retirou um objeto da cintura e lançou sobre o telhado de uma residência na Rua Salvador Bongiovani. Diante da atitude, os policiais realizaram a abordagem, momento em que o indivíduo resistiu à ação, vindo a sofrer um ferimento leve na região frontal da cabeça, conforme relato dos agentes.
Após buscas no local, os policiais localizaram uma arma de fogo tipo revólver, marca Rossi, calibre .22, sem numeração aparente, municiada com seis cartuchos íntegros e um deflagrado. O armamento, envolto em fita isolante, foi apreendido.
Durante a revista pessoal, também foram encontrados em posse do suspeito R$ 70,00 em dinheiro e um celular Samsung Galaxy A32. O dinheiro foi posteriormente entregue à irmã do investigado. O celular foi apreendido para eventual análise pericial, pois há indícios de que possa conter informações relevantes sobre o homicídio ocorrido no dia 6, já que o suspeito declarou ter ligação com a vítima.
Ao ser interrogado, o suspeito confessou já ter sido preso por tráfico de drogas, porte ilegal de arma, roubo e furto. Disse também ser usuário de maconha e crack, alegando que portava a arma há cerca de 10 dias por medo, uma vez que conhecia a vítima do homicídio e sentia-se ameaçado. Contraditoriamente, negou estar com a vítima no momento do crime, apesar de relatos anteriores indicarem o contrário.
O revólver foi adquirido, segundo o próprio suspeito, por R$ 500,00 de um caminhoneiro, cuja identidade ele se recusou a revelar.
A Polícia Civil representou pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, considerando a reincidência criminal, o histórico de condenações por crimes graves e o risco à ordem pública. O delegado responsável destacou que medidas cautelares alternativas seriam ineficazes, já que o suspeito voltou à prática delituosa menos de três anos após ter obtido livramento condicional.
A prisão preventiva foi decretada com base nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal, com o objetivo de resguardar a segurança da sociedade e evitar a reincidência criminosa.
O caso segue sob investigação, e o celular apreendido poderá ser periciado para contribuir com o inquérito do homicídio ocorrido na mesma região dias antes.